A fertilização in vitro, ou FIV, é uma biotecnologia utilizada como alternativa para acelerar a produção de bovinos geneticamente superiores. É uma técnica bastante utilizada no Brasil, pela capacidade de aumentar o número de descendentes de uma vaca em menos tempo.
Na FIV, os oócitos (óvulos) são aspirados das doadoras e enviados para o laboratório, onde são fertilizados com o sêmen do touro escolhido e cultivados até o estágio ideal a serem transferidos para as receptoras. Todo esse processo tem duração de 8 dias.
Os custos para produção em escala têm se tornado cada dia mais interessantes. Quando comparamos custos de protocolo + serviço + prenhez, hoje a FIV apresenta um excelente custo/benefício para o produtor, tornando-se uma opção viável para aqueles que desejam investir no melhoramento de rebanho.
Um dos principais motivos da busca pela FIV é o avanço genético de quase cinco gerações. O produtor tem condições de aspirar um animal muito superior, fertilizar com o melhor touro indicado e, com isso, ganhar mais de cinco anos de melhoramento e evolução dentro do rebanho.
COOPERABAETÉ FIV
A Cooperabaeté, em parceria com a Embryopéu Reprodução Animal Ltda, criou o programa de FIV, com o intuito de facilitar a implementação dessa tecnologia nas fazendas de nossos cooperados. O objetivo do projeto é o melhoramento genético do rebanho, fornecendo animais de qualidade, com a alternativa de manter o grau sanguíneo, garantir maior taxa de fêmeas com o uso do sêmen sexado e, com isso, auxiliar o aumento de produtividade das fazendas.
A cota de prenhezes será equivalente a 25% do número de fêmeas em idade reprodutiva do rebanho do produtor. Para produtores optantes pelo projeto Cooperabaeté Recria, a cota de prenhezes é 40% do número de fêmeas em idade reprodutiva do rebanho do produtor.
A genética utilizada no projeto será selecionada pela Cooperabaeté, sendo touros acima de 800 libras para leite, composto de úbere maior que 2,3, composto de pernas e pés maior que 1,2, facilidade de parto menor que 8,5% e positivos em % de gordura e proteína.
As doadoras serão fornecidas por fazendas produtoras de genética pertencentes a produtores 100% Cooperabaeté Nutrição Animal, selecionadas pelas seguintes características:
– Gir: Lactação oficial superior a 5.000 kg (PMGZ da ABCZ);
– Girolando F1 (livro fechado): Lactação Oficial superior a 7.000 kg (Associação do Girolando);
– Holandesa: Lactação oficial superior a 10.000 kg (ABCBRH).
O produtor que quiser utilizar genética própria terá que assinar um termo de liberação e ter um número mínimo de animais para aspirar na fazenda.
As receptoras deverão ser pré selecionadas pelo técnico do Cooperabaeté Assist que atende a fazenda. A avaliação e a sincronização serão realizadas pela Embryopéu. O custo é de responsabilidade do produtor, sendo R$ 25,00 por receptora, e será descontado em folha de pagamento, respeitando um número mínimo de 10 animais aptos por trabalho.
O grande diferencial desse projeto é a terceirização da sincronização das receptoras, o que irá influenciar positivamente nos resultados.
O investimento será de R$ 650,00 (R$ 450,00 pela prenhez + R$ 200,00 pela genética da doadora) por prenhez de fêmea confirmada de Gir e Girolando (1/2 a 7/8 sangue) e R$ 1.050,00 (R$ 450,00 por prenhez + R$ 500,00 pela genética da doadora) por prenhez de fêmea confirmada da raça Holandesa.
O sêmen sexado garante, em média, 87% dos produtos do sexo desejado. Caso ocorram prenhezes de macho, o custo será de R$ 450,00 referente à prenhez.
O diagnóstico e sexagem serão realizados aos 30 e 60 dias, respectivamente, após a implantação dos embriões.
A Cooperabaeté subsidiará 50% do custo do embrião implantado e diagnosticado positivo, sendo fêmea ou macho. As condições de pagamento para os produtores serão facilitadas: seis parcelas mensais, descontadas na folha de pagamento.
PRÉ-REQUISITOS:
Para que o produtor alcance bons resultados com a implementação da FIV, é necessário se adequar aos seguintes pré-requisitos:
1 – Ser associado da Cooperabaeté e estar com o cadastro atualizado;
2 – Ser produtor 100% Cooperabaeté Nutrição Animal, utilizando nossas rações e minerais;
3 – Participar do projeto Cooperabaeté Assist nos níveis Ouro ou Prata nos últimos 3 meses e estar com os dados do rebanho atualizados no software Ideagri;
4 – Declaração do técnico do Cooperabaeté Assist certificando adoção de BPA’s (Boas Práticas Agropecuárias) conforme art. 9º da IN 77/18;
5 – Calendário sanitário: incluso IBR/BVD/Leptospirose, atestado pelo técnico;
6 – A propriedade deverá possuir tronco de contenção de animais com cobertura, ponto de energia e água próximos;
7- Assinar o termo de adesão ao programa de Fertilização In Vitro e contrato de parceria produtor/Cooperabaeté;
8- Qualidade do leite*: CCS < 500.000 Cel/mL nos últimos 3 meses ou na sua média ano e CBT < 50.000 UFC/ mL nos últimos 3 meses ou na sua média ano.
Obs.: Produtores que não se enquadrem nos pré-requisitos da Qualidade do Leite e possuam interesse em participar do projeto devem procurar a coordenação do Cooperabaeté Assist para análise e adequação das orientações para a melhoria dos níveis de CBT e CCS. Transcorridos 12 meses sem adequação aos critérios exigidos, a Cooperabaeté suspenderá o subsídio.
A Cooperabaeté está à disposição para esclarecer qualquer dúvida e fazer as devidas orientações. Entre em contato com seu técnico ou com a coordenação do Cooperabaeté Assist.
Publicado por: Renato Alves