Em julho de 1988, para melhor desfrutar os 15 dias de férias após a Exposição Agropecuária de Abaeté, os amigos Rogério Lage, Ricardo Romeiro de Menezes (do Amansinho), Antônio Valadares (Tunico), Darnon Álvares de Medeiros, Murilo Gonçalves (do Pinta Roxa), Ronei Amorim, Marco Aurélio de Oliveira (Fofão), Roberto Vilas Boas (Robertão) e seu irmão Juninho resolveram pegar a estrada e cavalgar juntos, de uma fazenda a outra, promovendo animadas confraternizações. Assim surgiu a “Cavalgada dos ATOA” e uma apaixonante tradição em Abaeté e toda a região.
Trinta e cinco anos depois, aqueles antigos estudantes se tornaram empresários, profissionais liberais, trabalhadores em grandes empresas, casados, descasados, pais de jovens e crianças que também participam das cavalgadas da região.
Com um número bem maior de participantes, a organização do evento atual nem de longe lembra a improvisação daquele primeiro encontro. “Cada um com seu cavalo, sem saber direito como ia ser, o que íamos comer, beber, saímos nove pessoas de Abaeté, percorrendo cerca de 200 quilômetros, em meio a muita farra, campeonato de truco nas fazendas, e outros quatro companheiros arrebanhados no meio do caminho: o Coné, o Anselmo, o Rubinho e o Charles Brown”, recorda o pioneiro Rogério Lage, que na época tinha 19 anos e estudava zootecnia em Viçosa.
Além da presença do presidente Rogério Lage, através dos associados e dos produtores rurais que cedem suas fazendas para os pernoites e as confraternizações do caminho, as cavalgadas também fazem parte da história da Cooperabaeté.
No segundo ano, o passeio já contava com cerca de 20 cavaleiros. De 08 a 14 de julho, 35 amigos participam da 34ª Cavalgada dos ATOA (só falharam um ano, durante a pandemia), em um percurso médio de 250 quilômetros, com paradas para o almoço, jantar, pernoite e grandes festas com música ao vivo em várias fazendas da região. Nessas ocasiões, parentes, amigos, colegas e convidados se unem aos cavaleiros, para incrementar as confraternizações.
Publicado por: Renato Alves