Olímpio Moura, o trabalho de um dos maiores produtores de tilápias do Brasil

Com uma produção média de 800 toneladas por mês, o cooperado Olímpio de Moura Dayrell destaca-se como um dos maiores produtores de tilápias do país. A estrutura produtiva da Fazenda Cachoeira, em Morada Nova de Minas, impressiona pelo tamanho e organização. São cerca de 300 hectares de lama d’água.

Os alevinos chegam ali pesando meia grama e ficam nos tanques escavados até atingirem de 30 a 40 gramas. Com esse peso, as tilápias são vacinadas, selecionadas pelo tamanho e conduzidas para a engorda nos tanques da represa de Três Marias, onde permanecem por cerca de cinco meses, até o ponto de abate, entre 900 a 950 gramas. Aproximadamente um milhão de peixes são vacinados a cada mês.

Olímpio conta que ingressou na piscicultura em 2010, produzindo de 800 a 900 quilos por mês. “Na época, não havia muitos produtores na região e enxergamos no mercado uma boa oportunidade de crescimento. Logo passamos a produzir 4.000 kg/mês, sonhamos mais alto, investimos para alavancar a produção, até chegarmos às 800 toneladas”.

Essa produção é comercializada in natura nos principais polos consumidores do país, em Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e nordeste brasileiro. “Empregamos hoje mais de 80 funcionários diretos, com uma média salarial boa. A piscicultura mudou o perfil econômico da nossa cidade, da nossa região”, destaca.

Olímpio lembra que a atividade começou bem pequena no município, há cerca de 15 anos, e hoje Morada Nova já é considerado o segundo maior produtor de tilápias do Brasil. “Ainda temos muito o que explorar da piscicultura. Precisamos agregar mais valor ao nosso pescado. Acredito que, ao invés de vender a tilápia in natura, seria mais interessante mandar o peixe processado, em forma de filé. Para isso, precisamos ter novos investimentos, mais frigoríficos, maiores parcerias com a iniciativa privada e o setor público”, defende o piscicultor, que também trabalha com gado confinado, produção de soja e milho.

Ele ressalta a importância da participação da Cooperabaeté na piscicultura da região, tanto na área de rações, em parceria com a Inproveter / Qualis Acqua, como na linha de medicamentos e acessórios. “O pessoal é muito bem preparado para nos atender, sempre de prontidão, uma relação muito saudável”, finaliza, ao lado do gerente de piscicultura Samuel de Moura Souza, durante uma visita dos diretores da Cooperabaeté e do zootecnista Marcelo Castro à sua fazenda.

Publicado por: Renato Alves

📰✨ Jornalista, editora do jornal Cooperabaeté desde setembro de 1998. 🗞️🖊️

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