Hoje, a fertilização in vitro (FIV) é uma ferramenta utilizada mundialmente para intensificar o melhoramento genético dos rebanhos bovinos, visando à multiplicação da genética de animais superiores, tanto das vacas (doadoras), quanto dos touros.
Falando-se da FIV em rebanhos leiteiros, um fator se torna ainda mais interessante: a utilização de sêmen sexado, conseguindo-se com isso um maior número de produtos nascidos do sexo desejado, em torno de 90% em média. Já por outras técnicas, como a inseminação com sêmen convencional, ficaria em torno de 50%.
Porém , para que as fazendas tenham bons resultados em programas de FIV, alguns fatores devem ser levados em consideração:
– Estado sanitário do rebanho: algumas fazendas ainda não possuem como rotina a utilização de vacinas reprodutivas, o que pode resultar em um índice menor de prenhez e maior de absorções e abortos.
– A utilização de animais com problemas reprodutivos como receptoras de embriões: a FIV não foi criada para resolver problemas reprodutivos, por isso os animais selecionados para serem as receptoras devem ser os de melhor histórico reprodutivo da fazenda. Deve-se também destacar que os melhores resultados são em novilhas.
– Estrutura física da propriedade: precisa-se de uma estrutura adequada para obter bons resultados, ou seja, um tronco de contenção com cobertura, pontos de água e luz próximos, evitando-se ao máximo causar estresse ao animal na hora do manejo, não se oferecendo assim riscos aotécnico que esteja prestando o serviço.
Salientamos novamente que a FIV é uma ferramenta extraordinária para o produtor que visa ao melhoramento genético de seu rebanho, aumentando sua produtividade e, com isso, sua lucratividade. Mas, para que o programa tenha sucesso, produtor e equipe técnica precisam caminhar juntos, cada um fazendo sua parte.
Por: Liziane Lemos Vianna
Publicado por: Renato Alves