Seu Jaci e Dona Ivani: Raízes Profundas na Terra, na Família e na Cooperabaeté

Jaci Xavier de Andrade, de 83 anos, mantém vínculo com a Cooperabaeté desde 1975 e segue ativo na lida da fazenda, com apoio da família.

Na zona rural de Abaeté, próximo ao povoado de Veredas, a rotina começa cedo na Fazenda Ribeirão. Aos 83 anos, Seu Jaci Xavier de Andrade continua presente na lida, mesmo que as mãos já não tenham a força de antes. “Hoje quem cuida do curral é meu neto Mateus. Mas continuo acompanhando. Gosto de ver tirar o leite, soltar o gado, cuidar dos porcos. Não consigo parar”, conta ele.

A trajetória de Seu Jaci se mistura com a da Cooperabaeté, da qual é associado desde 1975. São 50 anos de parceria com a cooperativa, que, segundo ele, sempre esteve ao lado do produtor. “A cooperativa sempre me ajudou. Nunca deixei de comprar lá. Tem qualidade e bom atendimento”, destaca.

Ao lado da esposa, Ivani José Lemos, 82, com quem é casado há 61 anos, Seu Jaci construiu uma vida dedicada ao campo. O casal, que nunca morou na cidade, criou quatro filhos e hoje tem sete netos e dois bisnetos. As três filhas, Claristene, Clarislene e Claudilene, vivem em Abaeté. Sebastião mora na fazenda ao lado e o neto Mateus, sócio do avô na produção de leite, mora com eles. “Fico muito satisfeito em ver meu filho e meu neto dando continuidade ao que comecei”, diz Jaci, com orgulho.

A história de vida começou sem herança ou facilidades. Filho de agricultores, Jaci começou a trabalhar aos 12 anos para ajudar em casa, após o adoecimento do pai. Com o tempo, conquistou o que tem com esforço próprio: a terra, o gado, a casa. “Comecei do zero, comprando umas bezerrinhas, alugando um terreninho, pelejando”, relembra. Dona Ivani, que também começou a trabalhar ainda criança, conta que até hoje cuida da casa, da comida e da roupa. “Tenho muita disposição”, afirma.

Além da Cooperabaeté, Seu Jaci também é associado antigo do Sicoob Credinacional, onde foi homenageado em 2012 como um dos clientes mais antigos. A confiança nas instituições cooperativas faz parte da rotina do casal. “Sempre fomos fiéis. Gosto de resolver tudo lá”, diz.

Mesmo com a idade avançada, Seu Jaci ainda dirige até a cidade e acompanha de perto as mudanças que chegam, como o asfaltamento da LMG 762. “Vai facilitar muito. A estrada está ficando boa”, diz com esperança.

E assim, entre o leite tirado diariamente, a criação de porcos, o acompanhamento do gado de cria, os cuidados com a alimentação e as tarefas de casa, Seu Jaci e Dona Ivani mantêm uma vida simples e carregada de significado.

A história do casal representa não apenas a força da agricultura familiar, mas também o valor de quem constrói com paciência, fidelidade e trabalho constante. É um testemunho vivo de que o cooperativismo se faz no dia a dia, na confiança e na continuidade. E que algumas raízes são mesmo feitas para durar.

Por: Cristiane Ribeiro

📰✨ Jornalista, editora do jornal Cooperabaeté desde setembro de 1998. 🗞️🖊️

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