Você, que se preocupa com a sanidade do rebanho e busca o máximo de produtividade dos seus animais, sabe que uma medida fundamental para o controle da mastite é o tratamento imediato dos casos clínicos durante a lactação, não é? Já no final da lactação, as vacas devem ser submetidas à terapia da vaca seca, quando é feito o tratamento de todos os quartos para curar e prevenir infecções na glândula mamária.
Em todos esses casos, estamos falando da aplicação de um medicamento por via intramamária. E não podemos nos esquecer de tomar alguns cuidados ao fazer a aplicação de medicamentos dessa forma:
. A escolha do medicamento a ser usado deve ser feita juntamente com o veterinário responsável, levando em consideração o histórico do animal e as informações sobre os agentes causadores da mastite.
. Todo tratamento intramamário deve ser feito ao final da ordenha, após esgotar todo o leite, limpar e desinfetar os tetos. Para isso, deve ser feito novamente o pré-dipping e a secagem dos tetos com papel toalha – assim como no início da ordenha. No caso dos medicamentos que vêm com lenços para higienização, depois de desinfetar e secar os tetos, deve ser feita a assepsia da ponta do teto com o esse lenço.
. Com os tetos limpos e secos, devemos introduzir apenas a metade da cânula da bisnaga do medicamento no canal do teto. Quando a cânula é inserida por completo, pode levar microrganismos causadores de mastite gerando novas infecções. Além do mais, as cânulas de bico muito longo podem causar lesões, que traumatizam o canal do teto, destruindo a camada de queratina que ajuda na proteção contra a entrada de bactérias nos quartos mamários.
. Após injetar todo o conteúdo da seringa e removê-la, a recomendação é massagear o teto no sentido de baixo para cima.
. E o principal: não se esquecer de fazer o pós-dipping!
Essas informações nem sempre estão contidas nas bulas dos medicamentos, mas podem comprometer a eficácia do tratamento, por mais que se utilize os melhores antibióticos.
Por: Bruna Leonel Supervisora de Projetos e Qualidade da CCPR/Itambé
Publicado por: Renato Alves