Confinamento Intensivo de Gado, Uma Nova Fonte de Geração de Renda e Tecnologia na Região

Entregar o boi acabado aos frigoríficos com apenas 18 meses de idade é a meta do empresário Cirino Gomes de Oliveira, da Isavel agropecuária, no segundo ano de um projeto pioneiro de confinamento intensivo de gado, já apresentado como uma nova possibilidade
de evolução e geração de renda aos produtores da região. “Vamos atingir esse objetivo graças à genética, à nutrição, à tecnologia, ao aperfeiçoamento da equipe”, acredita.

Produtor há 20 anos, Cirino conta que esse projeto teve início no segundo semestre de 2018, com 360 animais confinados. A partir de 13 de abril, na segunda rodada, o número subiu para 530, com a duplicação da área de confinamento. “Em julho, vamos soltar essa boiada e entrar com 750 animais. A previsão é de 90 dias de cocho”, planeja, certo de que “na atual conjuntura do mercado, se nós,
produtores, não nos adequarmos, vamos ter propriedades rurais improdutivas e abaixo do seu potencial”.

Dentre os benefícios do uso da Ração Cooperabaeté, customizada para este confinamento, o técnico e os funcionários destacam a facilidade no manejo.

Ao visitar o empreendimento, o presidente da Cooperabaeté, Rogério Lage de Oliveira, manifestou sua “grata surpresa de presenciar um confinamento de alta tecnologia, que certamente vai trazer altos ganhos para a nossa região, oferecer uma nova perspectiva e estimular outros produtores para esse tipo de negócio”.

“Como a ração Cooperabaeté é composta por oito ingredientes, na fazenda só acrescentamos o caroço de algodão e a silagem. Assim, sobra mais tempo para os tratadores se dedicarem aos outros aspectos que também influem muito no ganho de peso dos animais”.

A Cooperabaeté é parceira nessa inovação tecnológica, ao produzir uma ração específica, a partir das análises bromatológicas da silagem de sorgo produzida na Fazenda Bicué e do levantamento de custos dos insumos. “A função da Cooperativa é levar tecnologia e alternativas de geração de renda para o produtor. Acredito que esse empreendimento do amigo e cooperado Cirino vai alavancar muito a pecuária de corte de alta tecnologia na região, como um divisor de águas”, completa Rogério.

Cirino, que também ressalta sua surpresa com a alta tecnologia encontrada durante uma visita à Fábrica de Ração Cooperabaeté, reforça que o confinamento está aberto a todos os produtores interessados em conhecer esse novo sistema, em constante aperfeiçoamento. “A primeira rodada de confinamento no ano passado nos trouxe muita experiência. Agora estamos mais profissionais, investimos em tecnologia, em máquinas, em genética. Nossos fornecedores de bezerros estão acompanhando a evolução, procurando melhorar a raça e favorecendo a precocidade. Espero que sirva de exemplo para os outros produtores. Ao invés de ficar esperando ao longo de três anos para soltar o boi, podemos fazer isso com muito mais rapidez”, assegura.

Segundo Cirino, no confinamento, cada animal ganha uma média de 1,8 kg/dia de peso, cerca de cinco vezes mais que ganharia a pasto. “Temos que caminhar para esse lado, ou vamos sair do mercado”, alerta, lembrando que nesse projeto tudo é milimetrado e o comprometimento dos profissionais envolvidos é fundamental para o seu sucesso.

Rogério Lage: “A função da Cooperativa é levar tecnologia e alternativas de geração de renda para o produtor. Acredito que esse empreendimento vai alavancar muito a pecuária de corte de alta tecnologia na região, como um divisor de águas”.

A equipe é coordenada pelo médico veterinário e consultor nutricional em projetos de bovinos de corte e leite, Guilherme Gonçalves Pereira. Após a etapa inicial de levantamento de custos dos insumos, das dietas e sugestão de uma formulação de ração junto à Cooperabaeté, o consultor acompanha o trabalho no dia a dia da fazenda, para que os resultados a campo sejam os planejados. “Como a ração Cooperabaeté é composta por oito ingredientes, na fazenda só acrescentamos o caroço de algodão e a silagem. Isso facilita muito o manejo dentro do confinamento, sobrando mais tempo para os tratadores se dedicarem aos outros aspectos que também influem muito no ganho de peso dos animais, como o horário de trato e a limpeza dos tanques de água”, ressalta, ao lado do funcionário Túlio, que trabalha ali há cinco anos e diz que está muito satisfeito com a facilidade e os resultados no trabalho com a Ração Cooperabaeté. “O manejo ficou mais fácil e está bem melhor o jeito de tratar o gado”, finaliza.

Publicado por: Renato Alves

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Marcos atua como Extensionista e Assessor Técnico na Cooperabaeté. Além disso, também é responsável pelo Departamento de Marketing, onde aplica sua expertise para impulsionar a visibilidade e o sucesso da cooperativa.

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