Vasco: “O Movimento S.O.S. Leite, lançado na Tecnoagro 2023, está produzindo frutos”.
Vamos juntos, que o cooperativismo é o caminho!
O II Encontro dos Produtores de Leite em Brasília vem celebrar um movimento muito forte de união dos produtores, através das cooperativas, dos sindicatos rurais, da nossa Faemg, da CNA, da OCB, juntamente com a Frente Parlamentar do Leite e a Frente Parlamentar de Agropecuária do Congresso Nacional. É um movimento grande, ordeiro, organizado, que fortaleceu muito o produtor de leite.
Nada vai acontecer, se ficarmos nas nossas fazendas, nas nossas cooperativas, nos nossos sindicatos, se não formos a Brasília pressionar, reivindicar pelos nossos direitos como produtores de leite, como geradores de inúmeros empregos em todo o Brasil, de riqueza, de segurança alimentar. Quem não é visto não é lembrado. E, para isso, o produtor de leite, de certa forma, acordou.
Os produtores, os sindicatos rurais de todo o Brasil, principalmente de Minas Gerais, participaram muito fortemente desse movimento, que está gerando frutos. A partir do encontro, muitas reuniões sobre foram marcadas e já estão acontecendo agendas com o próprio presidente do Senado, com o Ministro da Agricultura, entre o presidente do Senado e o presidente da República.
E nós também vamos continuar conversando com o Ministério da Agricultura, com os deputados da Frente Parlamentar, com a presidente da Frente do Leite, Ana Paula Leão, com os deputados federais e estaduais que sempre foram próximos do leite em Minas Gerais. Destaco o apoio forte da OCB, da Câmara do Leite, a união do complexo Cemil/CCPR que coloca irmanadas, juntas, inúmeras cooperativas. Vejo com muito bom presságio essa união.
Ressalto a importância da Fecoagro Leite Minas como o braço forte do cooperativismo mineiro. Depois que foi criada, houve uma união uma intercooperação maior. E essa intercooperação é fundamental pra que as cooperativas cresçam e se fortaleçam. A criação da Fecoagro Leite Minas e do grupo de compras de Minas Gerais foi fundamental para unir as cooperativas de leite.
Acreditamos que o Governo vai ouvir. Está demorando demais, o tempo do Governo é muito lento, e o produtor está em um tempo de muito sacrifício. O Governo precisava vestir a roupa do produtor de leite, pra sentir na carne as dificuldades que estão acontecendo, pra poder vender leite pelo preço justo, que pague o custo de produção.
Eu parabenizo os produtores que, desta vez, em vez de acordar de madrugada pra produzir leite, entraram nos ônibus pra Brasília, reforçaram suas lideranças e mostraram que não podem ser esquecidos. A gente fala muito no interior que “catitu fora do bando é comida de onça”. Sozinho, a gente não vai a lugar nenhum. Se estivermos unidos, produtor, cooperativa, sindicato, trabalhadores, a gente sai lá na frente.
Agradeço o apoio da Cooperabaeté, uma cooperativa que admiro muito, pela união, pelas gestões que passaram, pela gestão atual. Há um clima muito forte de cooperativismo na gestão. Nós começamos esse movimento aí, na Tecnoagro, uma feira muito organizada. E cooperativismo é isso: crescer sem deixar ninguém pra trás. Ouvir a todos, fortalecer as lideranças, fortalecer os produtores rurais. Vamos juntos, que o cooperativismo é o caminho.
Marcelo Candiotto, presidente da CCPR e vice-presidente da Fecoagro Leite Minas:
A luta em defesa dos produtores rurais é diária, permanente, incansável. E o II Encontro dos Produtores Brasileiros de Leite foi mais um dia de luta da cadeia leiteira. Como presidente da CCPR, maior cooperativa captadora de leite do Brasil, eu me orgulho em ver o cooperativismo mostrando a sua relevância. Afinal, nesse movimento demonstramos que estamos unidos, juntos, movidos pelo mesmo propósito e cada vez mais fortalecidos. Esse é o grande diferencial da nossa causa.
Acredito no potencial transformador do cooperativismo e por isso, por meio do diálogo e da construção coletiva de ideias e ações, encontraremos as soluções que buscamos.
O momento é desafiador, mas o Governo já tem se posicionado diante das propostas apresentadas, que envolvem:
– a criação de um plano nacional de renegociação de dívidas;
– a adoção de medidas para conter a importação de lácteos subsidiados;
– e a execução de compras públicas com a inserção permanente de leite nos programas sociais do Governo, como Bolsa Família e Merenda Escolar.
Seguimos atentos, acompanhando todos os desdobramentos e preparados para continuar debatendo amplamente a pauta da cadeia produtiva do leite.
Estamos passando por um momento de crise como jamais vimos. Mas, ser cooperativista é acreditar e criar estratégias pensando sempre no desenvolvimento pessoal e econômico de todos.
E se juntos somos mais fortes, juntos venceremos mais este desafio. Não vamos desistir. Vamos seguir firmes para que valorizem e respeitem aos mãos trabalhadoras que levam sustento e desenvolvimento para milhões de brasileiros.
Publicado por: Renato Alves