Em 2022, 160 mil litros de leite foram descartados pela CCPR por contaminação com resíduos de antibióticos. Para reduzir esses prejuízos à indústria, ao produtor e proteger a saúde pública, Cooperabaeté e CCPR estão ministrando treinamentos aos vendedores das lojas de insumos e equipe técnica, para que eles repassem as informações aos produtores rurais.
“Muitas vezes, o produtor trata a vaca com medicamento e não separa esse animal do restante do rebanho. Acaba misturando o leite com resíduo de antibiótico no tanque, e esse leite contamina o restante do caminhão”, explica a coordenadora do Cooperabaeté Assist, Patrícia Moreira.
A intenção e que os vendedores e técnicos ajudem os produtores a implementar o procedimento de controle de antibióticos conhecido pela sigla MRST – marcar, registrar, separar e tratar. “São as premissas básicas para se adotar quando tem um animal doente na fazenda. Primeiro, o produtor vai marcar o animal que está fazendo ou fez uso recente de antibióticos, usando uma fita colorida, ou sacolinha ou qualquer coisa amarrada no pé, no pescoço ou no rabo. Assim, quando o animal entrar na ordenha, todos saberão que ele está em período de descarte do leite”, continua Patrícia.
Além de ser ordenhado por último e ter o leite dos quatro tetos descartado, o animal deve ter todo o tratamento registrado. Outra orientação é que os produtores leiam atentamente a bula e observem a margem de segurança, descartando o leite no mínimo 48 horas além do período recomendado nessa bula. “É importante também ter uma atenção maior para o chamado antibiótico descarte zero. Apesar de ser descarte zero, ele não é resíduo zero. É preciso adotar essa margem de segurança com esse tipo de medicamento também”, aconselha.
Publicado por: Renato Alves