Dona Florinda, Quase 50 anos de Dedicação à Cooperabaeté

Exemplo de honestidade , presteza, com petência, solidariedade, amizade, D. Florinda Lucy Alves de Sousa trabalhou por 49 anos na Cooperabaeté, acompanhando e ajudando a impulsionar todo o seu processo de crescimento.

Formada pela Escola de Comércio São Luiz, em Dores do Indaiá, ela conta que foi admitida, em 03 de agosto de 1956, como contadora da antiga Cooperativa Banco de Abaeté Ltda, presidida por Dr. José de Campos Melo. “Ele era um homem formidável, que impunha muito respeito. Era um exemplo de educação e de coragem. Fundou a unidade de leite da Cooperativa, em 1965, enfrentando muitas dificuldades. No início, a Cooperativa recebia o leite no prédio da antiga fábrica de farinha do Pedro Marques, na Avenida Joaquina do Pompéu. Depois, quando fizeram a sede própria da indústria, falaram que ele estava construindo um elefante branco”, historia Dona
Florinda.

Aos 82 anos de idade, ela recorda quando o armazém da Cooperativa funcionava nos fundos de um velho casarão, ao lado da Casa Moura. “Era pequenininho. Tinha um portão grande e, lá no fundo, eles vendiam remédio veterinário, cigarro e outros produtos. Depois, quando construíram a sede da Cooperativa, onde é o escritório, foi que passaram o armazém pra frente. Com o tempo, foram aumentando as mercadorias…”

A construção da loja da Cooperativa ocorreu na gestão do Sr. Rodolpho Mourão, que foi diretor nos dois primeiros mandatos do Dr. Melo e presidente por 12 anos. “O Mourão era uma alma boa demais, era muito humano, fora de série, olhava muito o lado humano de todos”,
cita.

Nos mandatos dele, também foram construídos os galpões da plataforma de leite de Abaeté, a Usina de Biquinhas e comprados o armazém e a usina de Paineiras. Outro destaque foi a aquisição dos tratores, patrolas e carregadeiras, que eram alugados aos produtores, no projeto de popularização das máquinas agrícolas para impulsionar o desenvolvimento da agricultura da região. “Quando essas máquinas chegaram, foi uma festa, com desfile pela cidade e um churrasco na usina”, lembra.

Dona Florinda ressalta também as grandes amizades que fez entre os colegas de trabalho. “Sempre que passo na Cooperativa, entro pra ver a Tuti. Outros grandes amigos já morreram, como o Joaquim Andrade, a Maria Alice, o Zé do Quinzinho. Esse era uma peça! Às 6 horas da manhã, ele me ligava e falava: ‘pode levantar e vir que seu café está em cima de sua mesa’. Chegava na Cooperativa e encontrava bolo, biscoito, leite, manteiga, torrada… A loja abria às oito, mas ele ia cedinho e ficava varrendo o passeio, dando bombom para os meninos que passavam pra escola. Era um homem bom demais…”

Quando deixou a Cooperativa, em junho de 2005, Dona Florinda foi homenageada por cooperados, funcionários e ex presidentes da Cooperabaeté. Um deles foi Aloísio Lucas Pereira, que trabalhou com ela de 1973 a 1989 e destacou: “A Florinda foi tudo na Cooperativa. Aliás, a Cooperativa era a vida da Florinda. Ela se preocupava com a Cooperativa como se fosse sua propriedade. Ou como se fosse sua família. Uma pessoa com uma experiência fantástica, de fácil convívio, simples, inteligente, companheira, amiga, conselheira. Voltada para o bem, para os amigos, a família, o trabalho”.

E é assim que ela vive seu dia a dia, cuidando da casa, das roupas, da comida, ajudando a tomar conta dos sobrinhos netos. Com o mesmo amor e dedicação dos tempos em que era considerada a “prata da casa, a ‘dona’ da Cooperativa”, como destacou Dr. Ricardo Pereira de Souza. “Era quem resolvia tudo do ponto de vista financeiro, e resolvia com mão de ferro. Sabia tudo, nada passava por ela. Uma pessoa incorruptível, com uma rigidez de caráter tremenda e uma eficiência a toda prova. Esses quase 50 anos que ela dedicou à Cooperativa são um recorde. A Florinda é única nesse sentido. E todos nós devemos muito a ela”.

Dentre as boas lembranças de D. Florinda, está o desfile das máquinas que a Cooperativa adquiriu na década de 70 no desafio de impulsionar a agricultura na região.  E grandes amigos / colegas de trabalho, como Arlete Freitas, Nilda Sousa, Aparecida Portes e o caminhoneiro Arturzinho.

Publicado por: Renato Alves

📰✨ Jornalista, editora do jornal Cooperabaeté desde setembro de 1998. 🗞️🖊️

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